Entrevista com atores do Filme "O Tempo e o Vento"

No dia 12 de maio de 2012, a aluna do curso de Turismo Binacional e integrante do Pet/Turismo FURG Pâmela Soares, foi até a cidade de Bagé/RS onde estão sendo gravadas as cenas do filme "O Tempo e o Vento" sob a direção de Jaime Monjardim e entrevistou dois atores reconhecidos na televisão, cinema e teatro; sobre a percepção dos mesmos sobre a cultura de fronteira do Rio Grande do Sul, comparando estas opiniões, sendo um deles gaúcho e o outro carioca. Tendo como por objetivo o aprimoramento da cultura e turismo da região e aperfeiçoamento dos estudos no ensino superior.


Ator Rafael Cardoso (gaúcho) que interpretará no filme, Florêncio Terra.
Pâmela: Qual a tua percepção sobre a cultura de fronteira do Rio Grande Do Sul?
Rafael Cardoso: A cultura de fronteira é uma coisa que está sendo mais explorada agora pelo cinema mesmo, até em peças, assim como tem o Guri de Uruguaiana né (risos), acho que tá ficando mais próximo do pessoal que vive na cidade, acho que cada vez mais tá sendo retratado, eu tô achando bem legal e eu acabei de fazer um outro filme "Os Senhores da Guerra" que é histórico regional também, que conta a Revolução de 23 e 24 no sul do Brasil e a gente fez em Santa Maria, fez algumas coisas em Gramado, enfim, é uma história que aconteceu realmente, a Revolução de 23 e 24 do Julio Bozzano, da família Bozzano, enfim, e eu acho que a gente precisa disso, a gente acaba conhecendo muito mais a cultura de fora que a nossa própria, por meio de cinema e séries e afins, a gente conhece muito mais a cultura norte-americana do que a nossa, a de faroeste, a coisa mesmo dos índios pele vermelha a gente conhece muito mais que a nossa própria aqui, porque foi retratado no cinema, foi retratado em várias outras mídias, enfim, em Roma, a parte da Europa a gente conhece pra caramba porque foi retratada várias vezes em filmes também, isso eu tô dizendo pra grande massa que não tem o costume de ler, que não tem o acesso muitas vezes a cultura, acho que quanto mais for retratada a nossa história aqui e os projetos saírem do papel, e as nossas histórias gaúchas mesmo, tem vários livros lindos, de vários autores que a gente precisa fazer, eu tô num projeto que eu tô produzindo, ele conta um pouco a nossa história também, eu acho lindo esse momento que tá acontecendo e ter a oportunidade da tá aqui, fazendo isso aqui, sempre no interior, eu fiquei quase 4 meses, ta perto da família e trabalhando junto que é um privilégio na verdade.

Ator Igor Rickli (paulista) que interpretará no filme, Bolívar Terra.
Pâmela: Qual a tua percepção sobre a cultura de fronteira do Rio Grande Do Sul?
Igor Rickli: Que pergunta! (risos) Bom, o que eu percebi ao chegar aqui é que esse distanciamento e a proximidade à fronteira deixaram um ambiente muito peculiar, assim, com características muito peculiares e interessantes e que me agradaram bastante, essa coisa imperialista, essa coisa forte, denso né, uma coisa de todo o ambiente que influencia no estilo das pessoas, na alimentação e eu acho que isso é uma característica muito interessante pro ser humano, que são pessoas mais fortes, mais batalhadoras, mais concentradas, mais focadas e eu acho que esse é um caminho que eu acredito sabe, que é um caminho de evolução, eu vejo as pessoas aqui um passo adiante, mais evoluídas, não desfazendo do restante do Brasil nem nada, mas eu acho que aqui existe um foco, existe uma força-trabalho e é nisso que eu acredito, então eu tenho admirado muito esse lugar pelo que eu tenho percebido nesse pouco tempo.

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